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Cápsula de ômega 3 vs doença renal crônica

  • Foto do escritor: Karla Brandão
    Karla Brandão
  • 24 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

O ômega 3 é um tipo de gordura poliinsaturada (saudável) encontrada principalmente em peixes de águas frias, ricos em gordura (tais como arenque, salmão selvagem, sardinha, cavala e atum) que apresentam diversos efeitos benéficos no organismo, principalmente no sistema cardiovascular. Entre os seus benefícios relatados estão: ação antiinflamatória, prevenção de diversas doenças neurodegenerativas além de contribuir para a redução de LDL colesterol e triglicerídeos. Devido a tendência à aterosclerose precoce e alto risco cardiovascular do paciente renal, além do benefício adicional ao paciente com síndrome nefrótica. Existem 2 principais tipos de ômega 3: EPA (ácido eicosapentaenoico): mais estudado na prevenção cardiovascular DHA (ácido docosahexaenóico): considerado fundamental para o desenvolvimento do cérebro, visão e materno infantil. O campo científico vem explorando o omega 3 há algum tempo, com evolução promissora para a população geral. Contudo, ainda existe controvérsias no que tange a quantidade necessária para obter os benefícios da cápsula de omega 3 sem riscos de efeitos tóxicos. Em doses muito elevadas, as cápsulas podem aumentar o risco de sangramento em pacientes medicados por drogas que agem sobre a coagulação. Outra preocupação clínica com a o uso exagerado da cápsula de Omega 3 é seu alto teor de vitamina A para os pacientes renais em estágio 4 e diálise. Pelos motivos expostos acima, embora a capsula de ômega 3 possa ser adquirido sem prescrição, é importante salientar que a suplementação só deve ser feita diante a atendimento nutricional e/ou médica. Caso tenha prescrição, darei aqui algumas dicas para você escolher um bom suplemento de ômega 3. Não falarei de MARCAS, e sim qualidade nutricional de fácil identificação no rótulo. - Observe qual é a forma apresentada na composição do ômega 3. Quando disponível em triglicerídeos (TG) é a mesma encontrada na natureza, isso permite ao organismo uma maior facilidade para reconhecer a molécula e, consequentemente, promover uma maior absorção quando comparada à forma de etil éster (EE); - As concentrações de DHA e EPA variam muito, para o portador de doença renal observe a quantidade de EPA. Além disso, caso a cápsula não tenha um elemento como a vitamina E (tocoferol), o tão desejado óleo pode oxidar (as vantagens do suplemento são reduzidas). - Ao comprar o suplemento de ômega 3 observe de tem algum certificado de qualidade e se livre de mercúrio, chumbo, metais pesados e PCB. Exemplo de certificação: MEG-3. - Algumas marcas apresentam cápsulas de alta qualidade com revestimento entérico (para ajudar evitar o gosto de peixe) - opcional. - Consuma também outros alimentos ricos em ômega 3. Os benefícios de outros alimentos (não os peixes) ricos em ômega 3 que contêm o ácido alfa-linolênico (ALA) também são indicados. Boas fontes de ácido alfa linolênico são as sementes, farinha e óleo de chia e linhaça. Gostou? Siga lá também no Instragam: Instagram.com/nutricionista_em_nefrologia

 
 
 

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