Tratamento Conservador dos Rins - Dieta Adequada
- Karla Brandão
- 2 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

A prevalência da Doença Renal Crônica (DRC) vem aumentando em todo o mundo. O número de pacientes em diálise triplicou nos últimos anos: cresceu de 42 mil em 2000 para 126.583 mil de acordo com o último censo da SBN 2017.
Vários fatores podem levar a doença renal crônica, no Brasil a nefroesclerose da hipertensão arterial é a principal causa de DRC, seguida da doença renal diabética são as principais causas e sabe-se que uma vez instalada, ocorre a perda progressiva do funcionamento dos rins até a necessidade de realizar diálise.
A fase que antecede a diálise é chamada de tratamento conservador dos rins e consiste em todas as medidas clínicas (remédios, modificações na dieta e estilo de vida) que podem ser utilizadas para retardar a piora da função renal, reduzir os sintomas e prevenir complicações ligadas à doença renal crônica.
Apesar dessas medidas, a doença renal crônica é progressiva e irreversível até o momento. Porém, com o tratamento conservador é possível reduzir a velocidade desta progressão ou estabilizar a doença.
Esse tratamento é iniciado no momento do diagnóstico da doença renal crônica e mantido a longo prazo, tendo um impacto positivo na sobrevida e na qualidade de vida desses pacientes. Quanto mais precoce começar o tratamento conservador maiores chances para preservar a função dos rins por mais tempo.
Independente da idade, todo paciente que apresentar taxa de filtração glomerular < 60 ml/minuto , deve fazer um acompanhamento ambulatorial com nefrologista e um nutricionista especialista em nefrologia, a fim de receber orientações e acompanhar sua evolução clínica.
Nessa fase, de forma geral, será recomendado um plano alimentar com restrição de sal. Nas fases mais avançadas da doença, poderá ser necessária a redução da ingestão de água quando a diurese por <1000ml/dia (dependendo se o paciente persiste com inchaço, apesar da restrição do sal e do uso de diuréticos).
Atenção especial deve ser dada ao consumo das proteínas, no que tange à qualidade e quantidade variam com a fase da doença renal.
Existem dois tipos de tratamento: ✔O primeiro trata-se de uma dieta convencional onde se reduz pela metade o consumo de proteínas, principalmente de leite e seus derivados, carnes, dependendo do estágio da doença♻
Essa quantia é individualizada e um nutricionista com experiência no tratamento de pacientes com doença renal poderá elaborar plano alimentar de acordo com as necessidades de cada um.
✔O segundo regime é uma dieta muito restrita em proteínas, suplementada com aminoácidos.
essenciais e cetoácidos (Ketosteril®) e praticamente se reduz em níveis ínfimos alimentos de origem animal como carnes em geral (vermelha e branca) e laticínios. Em troca da ingestão de proteínas de origem animal o paciente ingere os comprimidos dos aminoácidos e cetoácidos. A cetodieta, como é chamada, reduz as toxinas do sangue onde os rins não conseguem mais eliminar, mantêm os níveis de albumina adequada. ✔ Indicado em alguns casos quando a taxa de filtração glomerular estiver menor que 25 ml/minuto( estágio 4 da doença renal)
Independente do tratamento dietético utilizado , os objetivos nessa fase são: minimizar sintomas urêmicos, tais como náuseas, fraqueza e perda do apetite; retardar a progressão da doença e manter o estado nutricional até a necessidade de iniciar o programa regular de diálise, se assim for necessário.





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